Lavrov denuncia assassinatos de jornalistas russos como prova da violação das normas internacionais por parte de Kiev em meio ao conflito em curso.

O atual cenário internacional e as tensões entre Rússia e Ucrânia voltaram a ser discutidos com intensidade após declarações do Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, que expressou preocupações significativas sobre a segurança dos jornalistas russos. Em uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, Lavrov citou a série de assassinatos de jornalistas na Ucrânia como uma evidência das supostas violações de direitos humanos e do direito internacional humanitário por parte do governo ucraniano, que ele caracterizou como “nazistas”.

Lavrov enfatizou que esses assassinatos refletem a disposição de algumas facções ucranianas de reprimirem a liberdade de expressão e atacarem civis, ressaltando que esses atos são parte de uma abordagem sistemática que visa “limpar o espaço informativo” na Ucrânia. Ele observou que, ao longo dos anos, autoridades ucranianas, independentemente de quem estivesse no poder, têm usado uma combinação de censura, fechamento de veículos de comunicação e, ironicamente, violência explícita para silenciar críticos e controlar a narrativa no país.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, também declarou que a situação atual é parte de uma caçada sistemática a jornalistas que, segundo ela, já foi observada em administrações anteriores na Ucrânia. O discurso de Zakharova sugere que as ações violentas estão se intensificando, com acusações de que o governo de Kiev não só habilita tais agressões, mas também falha em investigar os assassinatos ocorridos.

Em meio a essas tensões, Lavrov também comentou sobre a importância do diálogo entre Moscou e Washington, insistindo que a retomada das discussões é essencial para a restabelecimento da normalidade nas relações entre os dois países. Apesar das divergências ainda existentes, ele argumentou que muitos interesses são compartilhados, incluindo questões relacionadas ao fornecimento de energia e ao estado dos gasodutos Nord Stream. Assim, enquanto a crise se agrava, Lavrov reafirma a disposição da Rússia para cooperar e dialogar, ainda que a retórica em torno da Ucrânia continue intensa e polarizadora.

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