Lavrov criticou o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, por supostamente desconsiderar a Constituição da Ucrânia, abrindo mão dos direitos das minorias, especificamente os russos que vivem no país. Ele destacou que leis que restringem o uso da língua russa em diversas esferas são contrárias aos princípios constitucionais que garantem as liberdades e direitos das diversas etnias ucranianas. Para o chanceler, é dever do Estado ucraniano assegurar esses direitos, e ele enfatizou que essa tarefa é crucial na busca por uma paz duradoura.
O ministro também falou sobre os desdobramentos da recente cúpula entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada no Alasca. Lavrov apontou que esse encontro representa uma mudança na abordagem dos EUA em relação ao conflito ucraniano. Ele elogiou Trump por buscar soluções estruturais para o problema, ao contrário de muitos líderes europeus, que, segundo Lavrov, continuam a insistir em uma abordagem militarista e no fornecimento de armamentos para a Ucrânia.
Lavrov negou veementemente que o objetivo da Rússia seja a anexação de territórios, argumentando que a presença russa em regiões como a Crimeia e o Donbass é fundamentada na proteção de uma população que tem vivido ali por gerações. Ele reiterou que o que a Rússia almeja é garantir a segurança e os direitos dos russos nessas áreas, afastando qualquer noção de ambição territorial.
Essas declarações de Lavrov ressaltam o cenário tenso e complexo das relações entre Rússia e Ucrânia, onde questões históricas, culturais e políticas se entrelaçam, tornando a busca por resolução pacífica um desafio contínuo.