Lavrov também aproveitou a ocasião para criticar a postura do Ocidente, sugerindo que as potências ocidentais buscam estabelecer um sistema de segurança que se baseia na contenção da Rússia, por meio do fortalecimento militar da Ucrânia. Ele alertou que essa abordagem não é a via correta para a resolução do conflito. A retórica utilizada pelo chanceler destaca uma visão sobre a segurança regional que, segundo ele, deve ser indivisível e que não deve ser usada como uma ferramenta de pressão contra a Rússia. Lavrov defendeu a necessidade de um diálogo que não priorize a legitimidade de um lado em detrimento do outro, mencionando a importância de considerar as aspirações de populações que, por meio de referendos realizados na Crimeia e em outras regiões, escolheram sua autonomia.
Adicionalmente, o ministro rendeu-se a discussões sobre a possibilidade de um encontro entre os presidentes Vladimir Putin e Vladimir Zelensky, afirmando que esse tipo de encontro não deve ocorrer apenas para fins cerimoniais, mas sim com a intenção de um diálogo substancial e produtivo. Para Lavrov, a legitimidade da liderança ucraniana deve ser tratada com cautela, e a questão de quem representa a Ucrânia nas negociações é fundamental. É uma señales que a abordagem da Rússia para com a Ucrânia continua a ser marcada por uma complexa mistura de reivindicações históricas e de segurança regional, refletindo as tensões que perduram entre as duas nações e o impacto do envolvimento ocidental na situação.