Durante a coletiva, o perito Gerard Deokaran explicou que a explosão foi considerada incomum e foi ocasionada pelo vazamento de gás de cozinha. O evento deixou quatro edifícios vizinhos com danos significativos, com a explosão derrubando completamente o prédio onde ocorreu. De acordo com o perito, a dinâmica do acidente se assemelhou a um cenário de guerra, com danos se estendendo por aproximadamente 155 metros.
O trabalho pericial levou 30 dias para ser concluído e contou com 16 exames complementares para a produção do laudo final. Toda a investigação confirmou a hipótese dos peritos no local, que descartaram a possibilidade de materiais explosivos causarem a explosão. Gerard ressaltou a importância da equipe multidisciplinar que conduziu o processo, que resultou na identificação do uso indevido do gás como a causa da tragédia.
O acidente aconteceu na madrugada do dia 7 de novembro, chocando a região da Cidade Universitária. Moradores próximos relataram momentos de tensão ao ouvir o estrondo da explosão, que foi ouvido a quilômetros de distância. O Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas confirmou que três pessoas morreram e outras três ficaram feridas, incluindo um avô e seu neto de apenas 10 anos, que moravam no térreo do prédio atingido.
O Residencial Maceió I é composto por edifícios de dois pavimentos, sendo térreo e primeiro andar. A tragédia ressaltou a importância da segurança e da correta utilização dos equipamentos de gás dentro das residências, para prevenir acidentes fatais como esse. A investigação e apresentação do laudo trouxeram luz ao trágico evento, servindo como um alerta sobre a importância da prevenção de acidentes domésticos.
