A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) agiu rapidamente e apreendeu todos os envolvidos, que são moradores das regiões do Paranoá e Itapoã. De acordo com o delegado Rodrigo Larizzatti, que estava de plantão na Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente, a investigação revelou a frieza alarmante dos jovens. “Eles parecem caçoar da lei e das vítimas, sem demonstrar qualquer tipo de empatia ou arrependimento”, comentou Larizzatti.
Na delegacia, os adolescentes foram caracterizados como “demônios mirins” pelos agentes, devido à maneira desinibida com que reagiram ao serem interrogados. Enquanto apenas um deles questionou sobre o estado de Isaac, os outros riam e trocavam olhares de deboche, ocasionando uma preocupação ainda maior sobre a desumanização que permeia o comportamento do grupo juvenil.
Os adolescentes confessaram que haviam ido à Asa Sul inicialmente para encontrar uma garota, mas, no caminho, decidiram implementar um plano de assaltos. Em menos de uma hora antes do ataque fatal a Isaac, eles já tinham tentado assaltar outra vítima com o mesmo método: aproximavam-se fingindo buscar a senha do Wi-Fi para poder roubar.
Durante a abordagem, um dos jovens, já com passagem anterior por tráfico de drogas, brandiu uma faca. Enquanto ele ameaçava a vítima, outros dois invadiram um local onde jogos de vôlei estavam ocorrendo e furtaram celulares de lá. Isaac, ao perceber o roubo, reagiu e, em um ato corajoso, correu atrás dos assaltantes, resultando em uma luta corporal. As câmeras de segurança capturaram o momento em que ele tentava se esconder em uma área de mata, mas acabou ferido e caiu, sendo posteriormente socorrido.
Após o crime, os três adolescentes envolvidos fugiram apenas para se reencontrar com outros integrantes do grupo. Todos foram capturados pela Polícia Militar do Distrito Federal e encaminhados à delegacia correspondente.
Atualmente, os sete adolescentes permanecem apreendidos e à disposição da Justiça, aguardando os desdobramentos legais deste caso trágico que deixou a comunidade abalada e refletindo sobre a segurança e os impactos da violência juvenil na sociedade.