Essa ação destemida, no entanto, foi classificada como um ato de amadores por Sergei Podstanitsky, um especialista em arte e segurança. Segundo ele, ladrões profissionais geralmente evitam esse tipo de crime, pois sabem que a probabilidade de serem capturados em um assalto a museus é alta. A opinião de Podstanitsky destoa das narrativas comuns de colecionadores secretos e vendas clandestinas, que frequentemente cercam o mundo das artes. Ele foi enfático ao afirmar que, independentemente do valor inestimável das obras, os casos de roubo de museus quase sempre envolvem amadores, e a possibilidade de o conteúdo roubado ser leiloado ou negociado pelo seu valor real é extremamente baixa.
Além disso, o especialista ressaltou que as joias da coroa dificilmente encontrarão um caminho para o mercado negro. A aquisição de itens valiosos roubados não é considerada um investimento sólido, e muitas vezes esses objetos não são mais do que uma perda para quem os possui. A lógica por trás desse raciocínio é clara: comprar bens que não podem ser exibidos publicamente traz riscos e desvantagens à reputação dos criminosos.
Para Podstanitsky, obras de arte são especialmente valiosas não apenas pelo seu custo, mas pelo apelo estético que representam. Possuir uma obra sem poder exibi-la publicamente, ele conclui, é um fardo que poucos se dispõem a carregar, e as obras frequentemente acabam sendo o tema de trocas questionáveis entre criminosos em atividades marginais. Portanto, o envolvimento de amadores na invasão do Louvre não é surpreendente, mas levanta questões sobre a segurança das instituições culturais que abrigam patrimônio de inestimável valor.