Peskov destacou que qualquer alteração no nome do bloco BRICS exigiria um consenso entre todos os seus membros, embora, até o momento, não tenha havido propostas nesse sentido. Ele enfatizou que o grupo mantém sua relevância ao oferecer uma plataforma de cooperação pautada no respeito mútuo, algo que, segundo ele, é cada vez mais valorizado por vários países que não aceitam relações internacionais baseadas na imposição de uma nação sobre outra. O porta-voz também se referiu à cúpula do BRICS que ocorrerá em Kazan, descrevendo o evento como um dos principais na agenda internacional.
Em relação às eleições na Moldávia, Peskov categorizou como infundadas as alegações de interferência russa, insistindo que muitos cidadãos moldavos desejam relações amistosas com a Rússia, mas se sentem impedidos de exercer esse direito. Sua declaração revela uma preocupação com a narrativa que tem sido construída em torno da influência russa no país.
O porta-voz também comentou sobre os exercícios anuais de manobras nucleares da OTAN, que começaram naquela mesma data. Peskov argumentou que tais exercícios estão intensificando as tensões, especialmente à luz do conflito em andamento na Ucrânia, e reafirmou que a Rússia está tomando todas as medidas necessárias para garantir sua segurança nacional.
Por fim, Peskov compartilhou a visão do Kremlin em relação às negociações propostas por Biden, deixando claro que, em um contexto de confronto, envolvendo potências nucleares como os EUA, Reino Unido e França, a Rússia vê a necessidade de considerar todas as questões de segurança de maneira abrangente. Assim, enfatizou que quaisquer contatos necessários entre as partes não devem ser adiados. A declaração ressalta a complexidade das relações internacionais atuais e a tensão que permeia interações entre o Ocidente e a Rússia.
