O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que estão analisando cuidadosamente as decisões tomadas durante a reunião da Otan, as conversas que ocorreram e o texto da declaração adotada. Ele ressaltou que a segurança nacional da Rússia está em jogo e que medidas coordenadas e eficazes serão adotadas para contra-atacar a Otan.
Durante a cúpula, os aliados da Otan anunciaram medidas de apoio à Ucrânia, como o envio de caças F-16 e baterias de defesa antiaérea, além do reconhecimento do caminho que Kiev está trilhando para se tornar um membro pleno da aliança.
Peskov já havia manifestado anteriormente que Moscou estava acompanhando com atenção máxima a reunião da Otan. Ele criticou o fato de o Ocidente enxergar a Rússia como um inimigo e afirmou que a Otan é um instrumento de confronto, não de paz e segurança.
O porta-voz do Kremlin ressaltou que a integração da Ucrânia à Otan sempre foi vista como uma ameaça inaceitável pela Rússia, e agora a aliança está adotando um documento que confirma a adesão definitiva do país. Peskov destacou que os adversários da Rússia na Europa e nos Estados Unidos não são adeptos do diálogo e que a Otan não busca a paz, conforme evidenciado pelos documentos adotados durante a cúpula.
Diante desse cenário, o Kremlin está avaliando as medidas necessárias para proteger seus interesses diante da crescente aproximação da Ucrânia com a Otan e das ações adotadas pela aliança que são percebidas como uma ameaça à segurança nacional da Rússia.