Durante uma coletiva de imprensa, Peskov caracterizou as declarações de Zelensky como “irresponsáveis”, ressaltando que o foco do governo ucraniano parece estar mais voltado para a militarização do conflito do que para a busca de uma resolução pacífica. Segundo ele, as ameaças proferidas por Zelensky apenas reforçam a ideia de que o regime em Kiev é guiado pela beligerância, afastando-se de qualquer diálogo construtivo.
A provocação russa se dá em um contexto em que Zelensky também fez observações contundentes sobre possíveis ofensivas contra a Rússia, especialmente em relação ao uso de armamentos de longo alcance. Ao sugerir que autoridades russas deveriam se atentar aos locais onde podem buscar abrigo, o presidente ucraniano insinuou que a medida poderia ser uma preparação para ações mais agressivas. Esse tipo de retórica sugere que a tensão entre os dois países permanece alta, com poucos sinais de alívio à vista.
O conflito entre Rússia e Ucrânia já dura mais de um ano, e as tentativas de negociação têm falhado repetidamente. A postura de Peskov reflete uma resistência do Kremlin para estabelecer qualquer tipo de diálogo direto com Zelensky, especialmente em relação a uma reunião entre os líderes dos dois países, o que poderia ser um passo significativo rumo à redução das hostilidades.
Diante desse cenário, a comunidade internacional observa com preocupação os desdobramentos desses confrontos verbais e o impacto que eles podem ter sobre o terreno do conflito. Tanto a Rússia quanto a Ucrânia continuam firmes em suas posições, e as possibilidades de um acordo de paz parecem ainda distantes, enquanto acusações mútuas se intensificam.