Peskov sublinhou que as aproximações iniciais incluem conversas recentes entre Putin e Steve Witkoff, indicado especial de Trump. Essas discussões são consideradas um “passo adicional” rumo a um encontro físico, revelando um tom otimista sobre a evolução das relações bilaterais. O porta-voz enfatizou que a recuperação das interações entre Rússia e EUA exige a adoção de “pequenos passos” que possam gradualmente restaurar um ambiente de confiança, mesmo que mínima.
Nesse contexto, Peskov também abordou a deterioração das relações que se manifestaram nos últimos anos e que, segundo ele, causaram danos significativos durante a administração de Joe Biden. A busca por um entendimento mútuo parece ser uma prioridade, e contatos em diversas esferas — incluindo serviços de inteligência e Ministérios das Relações Exteriores — estão sendo mantidos para facilitar essa reaproximação.
Entretanto, a situação também é complexificada pelo comportamento das autoridades de Kiev, que, segundo o Kremlin, não está alinhado com as expectativas da administração Trump. A crítica à postura do governo ucraniano, que é acusado de falta de transparência e controle sobre suas Forças Armadas, levanta preocupações adicionais sobre a estabilidade na região. Peskov alertou que Kiev parece incapaz de cumprir uma moratória sobre ataques a instalações críticas, o que poderia agravar ainda mais as tensões.
Diante deste cenário, a esperança de um encontro face a face entre os líderes russo e americano reflete não apenas a necessidade de diálogo, mas também a realidade de um mundo globalizado que anseia por novas dinâmicas de cooperação em meio a conflitos persistentes e mudanças geopolíticas profundas. A expectativa é de que essas interações futuras possam allanhar o caminho para soluções mais abrangentes e duradouras.