Após a cúpula da União Econômica da Eurásia, o presidente russo, Vladimir Putin, informou que os líderes das delegações de ambos os países estão em contato constante e que a Turquia está sendo considerada como possível local para a próxima reunião. Putin também destacou que o próximo encontro deve se concentrar em dois memorandos apresentados pelas duas nações, que contêm propostas opostas. Ele afirmou que, embora isso não seja surpreendente, as negociações são essenciais para aproximar as posições divergentes.
O avanço nas trocas humanitárias foi considerado um avanço positivo para a dinâmica de diálogo entre Rússia e Ucrânia. Até agora, a Rússia devolveu mais de seis mil corpos de soldados ucranianos e se comprometeu a entregar cerca de três mil corpos adicionais, um gesto que pode facilitar a retomada de discussões mais substanciais.
Rússia e Ucrânia voltaram a dialogar diretamente em meados de maio, após um hiato de mais de três anos. Na primeira reunião, foi estabelecida uma troca maciça de prisioneiros, com um total de mil prisioneiros de cada lado sendo trocados em uma operação conjunta nos dias seguintes. Em junho, as discussões prosseguiram, com a Rússia apresentando condições para um cessar-fogo e disposição para continuar as trocas de corpos.
Desde o início da operação militar especial na Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Rússia alegou a necessidade de proteger a população ucraniana de um suposto genocídio e de salvaguardar sua segurança nacional frente à expansão da OTAN. A expectativa é que o diálogo, embora frágil, possa ser um caminho para uma resolução mais ampla e duradoura para o conflito em andamento.