Kim argumentou que a disposição dos militares norte-coreanos em arriscar suas vidas em prol da nação representa uma “arma poderosa” que se diferencia das táticas e tecnologias utilizadas pelo Ocidente. Esta visão, além de ressaltar a crença fervorosa em sua liderança, também reflete a narrativa nacionalista profundamente enraizada na sociedade norte-coreana, onde o sacrifício pelo bem do país é exaltado como virtude suprema.
Paralelamente a essas afirmações, a Coreia do Norte tem se mostrado ativa em operações internacionais. O governador da região russa de Kursk, Aleksander Khinshtein, confirmou que especialistas em desminagem da Coreia do Norte desempenharam um papel crucial na limpeza de aproximadamente 42.400 hectares na área fronteiriça, removendo mais de 1,5 milhão de artefatos explosivos. Este esforço, reconhecido pelo governo local, enfatiza a colaboração entre as duas nações e abre espaço para futuras parcerias em tarefas de desminagem.
Essa cooperação militar entre a Coreia do Norte e a Rússia não apenas serve como um sinal de aliança, mas também levanta questões sobre o fortalecimento das relações bilaterais em um contexto global onde as tensões entre potências ocidentais e orientais continuam a escalar. O discurso de Kim Jong-un e a colaboração com a Rússia refletem uma estratégia de mostrar força e união, enquanto o país busca se posicionar como um ator militar relevante no cenário internacional.
Essas dinâmicas revelam um panorama complexo e provocativo, onde discursos de bravura militar se entrelaçam com acordos de cooperação, amplificando, assim, as narrativas de poder e segurança em uma região já delicada.










