Durante sua fala, o primeiro-ministro enfatizou que as ex-colônias britânicas estão mais interessadas em discutir questões contemporâneas e em buscar apoio financeiro do Reino Unido para superar as dificuldades que enfrentam atualmente. Essa afirmação surge em meio a um clima de crescente pressão sobre o governo britânico para considerar reparações, especialmente de países do Caribe, que, segundo relatórios da mídia, poderiam reivindicar até 269 bilhões de dólares em compensações.
Recentemente, um encontro importante está sendo organizado em Samoa, onde não apenas o primeiro-ministro Starmer, mas também o rei Carlos III estarão presentes. Este evento se transforma em um pano de fundo para discussões levantadas por vários representantes de nações que foram anteriormente colonizadas e que clamam por reconhecimento e reparações em relação aos danos históricos.
Além disso, a questão das reparações ganhou novos contornos nos últimos meses, especialmente após declarações de autoridades da ONU, que argumentam que o Reino Unido não pode mais ignorar os apelos por compensação em virtude do comércio transatlântico de escravos. Um estudo de uma consultoria americana sugere que o montante das reparações poderia chegar a impressionantes 24 trilhões de dólares.
A Igreja da Inglaterra também se movimentou nesse contexto, reconhecendo parte de sua responsabilidade histórica, ao anunciar um investimento de 100 milhões de libras como uma forma de compensação pelos erros do passado. A declaração de Starmer, portanto, se insere em uma discussão mais ampla sobre reparações e justiça histórica, revelando divisões significativas sobre como os legados do colonialismo devem ser tratados atualmente.