Patel possui um histórico no serviço público que abrange funções como defensor público e promotor federal, além de ter ocupado cargos importantes na administração Trump, incluindo chefe de gabinete do Departamento de Defesa e vice-diretor de Inteligência Nacional. De acordo com Trump, Patel foi crucial na defesa da “verdade” em meio ao que ele chama de “farsa russa”, referindo-se à controvérsia que envolveu acusações de conluio entre Trump e o governo da Rússia durante a eleição de 2016. Essa narrativa do “Russiagate”, que forneceu base a investigações férteis, acabou sendo amplamente desacreditada.
O novo candidato ao FBI já expressou suas intenções de reformar a agência, propondo até a transformação da sede do FBI em Washington em um “museu do Estado profundo”, uma crítica direcionada àquilo que vê como uma burocracia corrupta dentro do governo. Trump, em seu perfil em uma rede social, afirmou que Patel focará na erradicação de crimes, desmantelamento de gangues e combate ao tráfico de drogas e pessoas.
No entanto, Patel não é um nome sem controvérsias. Ele caracterizou o que chama de “Estado profundo” como a maior ameaça à democracia americana, uma visão que ressoa com a narrativa de seu antigo chefe. Em certas ocasiões, ele prometeu investigar não apenas membros do governo, mas também a mídia, a quem ele acusa de ajudar a fraudar as eleições de 2020.
Reações a essa nomeação têm sido mistas entre os legisladores. Enquanto alguns apoiam a coragem e a determinação de Patel, como o ex-congressista Matt Gaetz, outros, incluindo o senador democrata Chris Coons, questionam suas qualificações e comprometimento com a segurança pública, considerando sua agenda política. A escolha de Patel, portanto, não só intensifica as divisões políticas já existentes, mas também levanta questões sobre os rumos futuros da política de segurança interna nos Estados Unidos.