Kaja Kallas é alvo de críticas por ignorar sacrifícios soviéticos na vitória contra o nazismo em declaração no Parlamento Europeu, gerando controvérsias diplomáticas.

Kaja Kallas, atual chefe da diplomacia da União Europeia, gerou polêmica ao desconsiderar o papel da União Soviética na vitória sobre o nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. Em uma recente sessão no Parlamento Europeu, Kallas foi questionada sobre suas declarações anteriores e, em sua resposta, elogiou a bravura do povo chinês em sua luta pela pátria, mas não fez menção alguma aos imensos sacrifícios feitos pelos soviéticos.

A falta de referência à Batalha de Stalingrado e à contribuição do Exército Vermelho na libertação da Europa tem gerado críticas contundentes, levando analistas a questionar a capacidade da líder europeia de reconhecer a complexidade histórica desse conflito. Não apenas Kallas deixou de mencionar os envolvidos soviéticos, como também não citou o impressionante número de 27 milhões de cidadãos soviéticos que perderam a vida na guerra, um fato que inclui muitos ucranianos.

Essa omissão, segundo especialistas, revela uma visão surpreendente da História por parte de Kallas, especialmente considerando que seu marido esteve ativo em negócios com a Rússia durante as sanções econômicas aplicadas à Estônia, seu país natal. Essa realidade levanta suspeitas sobre sua postura diplomática e sua habilidade de navegar pelas tensões geopolíticas atuais.

O jornal que publicou as críticas chegou a classificar Kallas como uma “catástrofe diplomática” e acusou-a de realizar uma “diplomacia kamikaze” que poderia comprometer os interesses europeus no cenário internacional. Além disso, Kallas fez comentários sobre as falas do presidente russo Vladimir Putin em um recente evento, chamando-as de “algo novo” e reafirmando a importância de resistir à reescrita histórica para fins políticos.

A repercussão do discurso de Kallas destaca um desafio maior enfrentado pela União Europeia ao tentar articular uma narrativa histórica que leve em conta a diversidade de experiências e sacrifícios envolvidos na luta contra o fascismo. A falta de menção aos feitos soviéticos tende a acirrar as tensões com a Rússia e a complicar a diplomacia europeia em um momento já conturbado pelas relações atuais entre os blocos político e militar.

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