JUSTIÇA – Verônica Abdalla Sterman assume como ministra do STM e defende igualdade feminina no Judiciário após 217 anos de história do tribunal.

Na última terça-feira, dia 30, a advogada Verônica Abdalla Sterman tomou posse como a nova ministra do Superior Tribunal Militar (STM), marcando um momento histórico ao se tornar a segunda mulher a integrar a corte em seus 217 anos de existência. A nomeação foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que demonstra um esforço em promover a inclusão de gênero em esferas de poder tradicionalmente dominadas por homens.

Durante sua cerimônia de posse, Verônica enfatizou a importância da representação feminina na Justiça, ressaltando que a igualdade de gênero nos tribunais deve ser uma meta essencial para o futuro do sistema judiciário brasileiro. A ministra utilizou seu discurso para refletir sobre sua posição como uma representante das mulheres, destacando que este não é apenas um marco significativo, mas também um convite à reflexão.

“Sou apenas a segunda mulher a compor este tribunal desde sua fundação. É uma conquista a ser celebrada, mas também um chamado à ação. Que este marco não seja um símbolo isolado, mas, sim, um passo para que nosso Judiciário não precise de datas especiais para lembrar que mulheres devem estar presentes em igualdade”, declarou Verônica, deixando claro seu compromisso com a luta pela igualdade de gênero na Justiça.

A presidente do STM, a ministra Maria Elizabeth Rocha, que foi a primeira mulher a assumir um cargo na instituição, corroborou essa visão. Para ela, a presença feminina em espaços de poder é crucial para humanizar as instituições e tornar a Justiça mais representativa. “Cada passo dado em favor da diversidade é um avanço rumo a uma Justiça que se reconhece no outro e se compromete com a universalidade dos direitos”, disse Rocha, enfatizando que a Justiça não pode ser sinônimo de exclusão.

O Superior Tribunal Militar é composto por 15 ministros, entre os quais 10 são militares e 5 civis, com a estrutura dividida entre quatro vagas do Exército, três da Marinha e três da Aeronáutica. A inclusão de Verônica Abdalla Sterman no tribunal representa, portanto, um primeiro passo importante em direção à promoção da diversidade e da igualdade no sistema judiciário militar do Brasil.

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