JUSTIÇA – Vaqueiro do Ibama é assassinado em emboscada durante operação na Terra Indígena Apyterewa, no Pará; polícia investiga o caso.

Um vaqueiro, que estava a serviço do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foi brutalmente assassinado em uma emboscada durante uma operação de retirada de ocupantes ilegais na Terra Indígena Apyterewa, localizada no município de São Félix do Xingu, no estado do Pará. O incidente ocorreu nesta segunda-feira, dia 15 de outubro, durante um momento crítico de desintrusão na área, que é alvo de constantes disputas pela posse da terra.

O vaqueiro, juntamente com outros profissionais que atuavam no manejo de gado, estava transportando cerca de 350 cabeças de gado por um estreito ramal florestal, direcionando os animais para um curral de onde estariam sendo retirados da região invadida. Tragicamente, ele foi atingido por um disparo na região do pescoço, resultando em sua morte instantânea. A situação revela os perigos enfrentados por aqueles que atuam na proteção do meio ambiente e dos direitos territoriais indígenas, especialmente em áreas vulneráveis e conflituosas.

A emboscada foi realizada enquanto uma força-tarefa composta por membros de órgãos federais e estaduais estava cumprindo uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para a remoção de ocupantes ilegais, que há tempos ocupam a referida terra indígena. A operação contou com a presença de doze policiais militares e quatro policiais civis, além do reforço da Polícia Federal, que enviou vários agentes para a terra indígena a fim de garantir a segurança das ações e combater a criminalidade na região.

O assassinato acende um alerta sobre a crescente violência no campo e a luta por justiça social e ambiental no Brasil. As agressões contra profissionais que trabalham para proteger o meio ambiente e os direitos dos povos indígenas têm se tornado uma realidade preocupante, levantando um debate urgente sobre a proteção adequada dessas áreas e dos indígenas que nelas habitam. A sociedade civil e as autoridades precisam unir esforços para que atrocidades como essa não se repitam e que a justiça prevaleça em defesa dos que atuam em prol da preservação.

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