A Fundação Nacional do Índio (Funai) já havia solicitado apoio da Polícia Federal para a região e confirmou que equipes estão em diligência no local. A investigação referente ao crime está sob a responsabilidade da delegacia da Polícia Federal em Redenção, na mesma região.
Esse trágico evento se insere no contexto de uma ação judicial estabelecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), através da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF nº 709), ajuizada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) em 2020. A ação foi motivada pela situação de vulnerabilidade enfrentada pelos povos indígenas durante a pandemia de Covid-19, em decorrência da invasão de suas terras por pecuaristas e garimpeiros. Desde então, o governo tem buscado retirar os invasores.
A emboscada contra Marcos Antônio ocorreu durante uma dessas operações de desintrusão, que envolvem a colaboração de vários órgãos, incluindo o Ministério dos Povos Indígenas, a Funai, o Ibama e as polícias Civil e Militar. A Funai mencionou que a situação na área é alarmante, mas os servidores permanecem seguros em bases de apoio. As suspeitas sobre a autoria da emboscada recaem sobre moradores antigos da região, identificados como invasores que continuam cometendo crimes ambientais.
Uma reportagem da TV Brasil revelou que mais de 2 mil pessoas já haviam sido retiradas da área, mas ainda há um gado remanescente e atenção constante é necessária, pois invasores têm tentado retornar. Esses grupos têm utilizado táticas agressivas, como queima de pontes e armadilhas nas estradas para dificultar a passagem de veículos oficiais.
O Ibama, por sua vez, expressou seu pesar pela morte de Marcos Antônio, prometendo adotar todas as medidas necessárias para a apuração do crime e a responsabilização dos culpados, além de prestar apoio à família da vítima neste momento doloroso.










