O vaqueiro, que trabalhava com um grupo de colegas, estava em um ramal estreito na mata, conduzindo cerca de 350 cabeças de gado para um curral. Este gado estava sendo retirado de uma área invadida, um esforço que faz parte da atividade contínua de desintrusão que visa restabelecer os direitos territoriais dos povos indígenas. Durante a operação, o vaqueiro foi atingido por um disparo na região do pescoço, resultando em sua morte imediata.
A emboscada ocorreu em um momento crítico, quando equipes de órgãos federais e estaduais estavam cumprindo uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) que determina a retirada dos invasores da região. Para garantir a segurança e a eficácia da operação, doze policiais militares e quatro policiais civis foram destacados para a área. Em resposta ao crime, a Polícia Federal também enviou um contingente de agentes para a Terra Indígena Apyterewa, a fim de investigar o assassinato e proteger os trabalhadores e a própria comunidade indígena.
Este trágico acontecimento levanta questões perturbações sobre a segurança e a proteção de aqueles que atuam na defesa de territórios indígenas, que frequentemente se tornam alvo de violência em contexto de disputas por terra. O vaqueiro, cujas identidades e motivações eram emblemáticas do compromisso com a preservação ambiental e a soberania dos povos nativos, tornou-se mais uma vítima em uma luta que muitas vezes se torna letal. As implicações sociais e políticas desse crime estarão sob os holofotes nas próximas semanas, enquanto as autoridades buscam justiça para o profissional assassinado e garantias de segurança para aqueles que continuam a trabalhar nessas regiões vulneráveis.
