Após a leitura do relatório, ficou decidido que o julgamento será retomado na próxima sessão plenária, agendada para a próxima terça-feira (21) às 19h. Nessa etapa, as partes envolvidas, incluindo a defesa de Moro, os advogados do PT e PL, e a Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE), terão a oportunidade de apresentar suas argumentações antes da votação.
As acusações contra Moro envolvem altos gastos durante sua pré-candidatura à Presidência da República pelo Podemos e, posteriormente, à pré-candidatura ao Senado em São Paulo pelo União Brasil, antes de se candidatar e vencer a disputa ao Senado no Paraná. O PT e o PL alegam que Moro fez investimentos financeiros excessivos, caracterizando uma desvantagem ilegal na disputa eleitoral.
Por outro lado, o TRE-PR considerou que não foi comprovado o abuso do poder econômico, uma vez que as regras para a pré-campanha não são explícitas. Além disso, a maioria dos desembargadores afirmou que os gastos alegados não representavam sequer 10% do limite total permitido para os candidatos ao Senado em 2022. O Ministério Público indicou gastos de aproximadamente R$ 2 milhões, enquanto o PL e o PT mencionaram valores de R$ 7 milhões e R$ 21 milhões, respectivamente.
A Procuradoria-Geral Eleitoral se posicionou a favor da absolvição de Moro, argumentando que os gastos contestados pelas legendas adversárias não influenciaram a corrida eleitoral no Paraná. Os advogados de Moro também negaram qualquer irregularidade na pré-campanha, defendendo a manutenção do mandato do senador. A expectativa é de que o julgamento no TSE traga mais esclarecimentos e definições sobre esse controverso caso eleitoral.