Este julgamento seguirá a modalidade de plenário virtual, ou seja, os ministros inserem seus votos no sistema eletrônico, sem a necessidade de reuniões presenciais. A previsão é que ele se encerre no dia 28 deste mês.
Para relembrar o caso, Bolsonaro foi condenado pelo TSE por ter realizado uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada em julho do ano passado, na qual atacou o sistema eletrônico de votação. O partido PDT questionou a legalidade desse encontro, e o tribunal reconheceu que o ex-presidente cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
A defesa de Bolsonaro alegou que a reunião ocorreu antes do período eleitoral, em 18 de julho de 2022, quando o ex-presidente ainda não era candidato oficial ao pleito presidencial. Portanto, segundo a defesa, ele deveria receber apenas uma multa como punição, ao invés da decretação da sua inelegibilidade.
A decisão do TSE de tornar Bolsonaro inelegível por oito anos gerou grande repercussão e debates acalorados entre apoiadores e opositores do ex-presidente. Essa questão é de extrema importância, uma vez que Jair Bolsonaro é uma figura política influente e a sua inelegibilidade pode ter impacto significativo na disputa presidencial e nas futuras eleições.
Amarrações jurídicas e políticas tornam esse caso um elemento central no cenário político brasileiro, levantando questionamentos sobre os limites do uso do poder político e os efeitos das manifestações públicas que possam influenciar negativamente a lisura dos processos eleitorais.
Diante disso, o julgamento virtual desse recurso se torna crucial para definir o rumo da carreira política de Jair Bolsonaro e também estabelecer precedentes importantes no âmbito da justiça eleitoral. O país aguarda com expectativa a decisão final do TSE sobre esse caso.