O julgamento teve início com um recurso apresentado pela Coligação Bora Trabalhar, composta pelo PSD, Patriota e União Brasil, que alegou que o senador Seif teria sido favorecido pelo empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan. Segundo as alegações, Hang teria oferecido estrutura para viagens em aeronaves da empresa, transmissões em redes sociais e envolvimento pessoal na campanha do senador.
Além disso, as legendas também apontaram um possível financiamento irregular da campanha de Seif, incluindo a participação em uma feira promovida pelo Sindicato de Indústrias de Calçados de São João Batista (SC) e o uso de um helicóptero cedido por outro empresário para deslocamentos durante os eventos de campanha.
O relator do recurso, ministro Floriano de Azevedo Marques, determinou que a Havan forneça informações sobre suas aeronaves, além de solicitar dados sobre pousos de aviões da empresa em aeroportos de Santa Catarina e a lista de passageiros. Multa de R$ 20 mil será aplicada em caso de descumprimento.
A defesa de Seif argumentou que não houve comprovação do abuso de poder econômico e da participação significativa de Hang na campanha do senador. A advogada Maria Claudia Bucchianeri ressaltou que as provas apresentadas foram negativas e apontou falhas na narrativa do processo.
Com a decisão do TSE de ampliar as investigações, o caso continua a ser acompanhado de perto, com os ministros se posicionando a favor ou contra a reabertura da investigação. A defesa de Seif continua a se manifestar confiante na não cassação do mandato do senador.