A decisão da Turma abre espaço para que o Ministério Público do Trabalho recorra ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) em busca de reverter o veredicto. Em comunicado, a Uber se manifestou, afirmando que a tendência da justiça tem sido não reconhecer os requisitos necessários para configurar um vínculo empregatício com a empresa. A decisão da 13ª Turma foi vista como um retorno à justiça, uma vez que a sentença de primeira instância ia contra a jurisprudência dominante.
A controvérsia em torno do reconhecimento do vínculo empregatício dos motoristas da Uber é recorrente e traz à tona debates sobre a natureza das relações de trabalho no mundo digital. A decisão da Turma do TRT revela a complexidade dessas questões e a necessidade de uma análise mais detalhada sobre os direitos e deveres dos trabalhadores que atuam em plataformas digitais.
É possível que a discussão sobre o tema prossiga nos tribunais superiores, levando em consideração não apenas os interesses empresariais, mas também a proteção dos direitos trabalhistas dos motoristas e demais profissionais que prestam serviços por meio de aplicativos. A decisão da 13ª Turma do TRT da 2ª Região certamente terá repercussões no meio jurídico e trabalhista, alimentando o debate sobre a regulação do trabalho nas plataformas digitais.