Carla Zambelli virou alvo de um mandado de prisão após ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão, em razão de sua participação na invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. No entanto, em uma tentativa de escapar das suas condenações, a deputada deixou o Brasil e se refugiou na Itália em maio deste ano, aproveitando sua dupla cidadania. Seu retorno ao país foi dificultado pelo pedido de extradição do governo brasileiro, protocolado no dia 11 de junho, logo após sua fuga.
No mês passado, Zambelli foi presa em Roma durante uma de suas tentativas de fuga. A origem de sua condenação está ligada a alegações de que ela foi a mentora intelectual do hackeamento do sistema do CNJ para emitir um mandado de prisão falso contra o próprio ministro Alexandre de Moraes. Walter Delgatti, que executou a invasão, foi condenado e confirmou que realizou o ato a mando da deputada.
O processo de extradição pode ser complexo e demorado. Após o pedido ser formalizado pelo governo brasileiro e enviado ao governo italiano, a decisão final caberá à Justiça italiana, que avaliará diversos aspectos da legislação nacional e dos acordos internacionais estabelecidos entre Brasil e Itália.
Até o momento, não há um prazo definido para que a questão da extradição seja resolvida, o que pode prolongar a incerteza sobre o futuro legal de Zambelli. O caso atrai atenção não apenas pelo envolvimento de uma figura política de destaque, mas também pela gravidade das acusações que pesam sobre ela. A sociedade acompanha de perto os desdobramentos, esperando por um desfecho que poderá refletir sobre a integridade das instituições e o sistema de justiça no Brasil.
