O ministro enfatizou que a proteção do meio ambiente é um direito fundamental e que as alterações climáticas impactam diretamente a vida das pessoas, como evidenciado pelas mortes ocorridas devido às mudanças climáticas no Rio Grande do Sul. Barroso também apontou a dificuldade da política em priorizar objetivos de longo prazo, devido ao ciclo eleitoral e à falta de incentivo para medidas que produzam resultados positivos no futuro.
Além disso, Barroso salientou o papel do Judiciário em zelar pelas futuras gerações, que muitas vezes não estão representadas nos parlamentos. Ele mencionou o Caso Neubauer na Alemanha como um exemplo emblemático de como a atuação judicial pode garantir a sustentabilidade para as próximas gerações.
Barroso ressaltou que os tribunais não devem ser os protagonistas na pauta climática, mas que decisões judiciais pontuais podem auxiliar na superação da inércia política. O ministro enfatizou o potencial do Brasil em liderar esforços globais na proteção ambiental, considerando a abundância de energia limpa e renovável no país, juntamente com a importância da Amazônia como prestadora de serviços ambientais essenciais para o mundo.
Diante das inundações no Rio Grande do Sul, Barroso destacou a importância da atuação do Judiciário em destinar recursos para auxiliar no enfrentamento das consequências do desastre. O presidente do STF lamentou a disseminação de fake news relacionadas às tragédias ambientais e ressaltou a necessidade de um controle mínimo das plataformas digitais para combater a desinformação e promover o discurso racional e moderado.