Segundo o TRE-SP, a ação que culminou na cassação do mandato de Zambelli foi proposta por Sâmia Bomfim (Psol), também deputada federal. Bomfim alegou que Zambelli divulgou informações inverídicas sobre o processo eleitoral de 2022, desencadeando uma série de ações que resultaram na decisão do tribunal eleitoral.
Em seu voto vencedor, o desembargador Encinas Manfré, relator do processo, destacou que a deputada Zambelli fez publicações com o intuito de minar a credibilidade do sistema eleitoral e disseminar notícias falsas. Entre os exemplos citados pelo magistrado estão os ataques da parlamentar a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a divulgação de uma falsa notícia de manipulação das urnas eletrônicas em Itapeva, interior de São Paulo.
Diante da gravidade do caso, o TRE-SP determinou a cassação do diploma de deputada federal de Carla Zambelli e sua inelegibilidade por oito anos, com base na prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A decisão, no entanto, ainda pode ser objeto de recurso por parte da parlamentar, que poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Carla Zambelli se manifestou nas redes sociais após a decisão do TRE-SP, afirmando que irá ingressar com os recursos cabíveis. A deputada classificou a cassação de seu mandato como uma perseguição política, alegando que a decisão do tribunal eleitoral afeta diretamente os 946.244 eleitores que a elegeram. Assim, Zambelli pretende continuar representando São Paulo no Congresso até que todos os recursos sejam esgotados.