Os partidos acusam o senador de abuso de poder econômico devido a gastos irregulares durante o período de pré-campanha nas eleições passadas, alegando que houve “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador devido aos altos investimentos financeiros antes de Moro se filiar ao União e concorrer ao Senado.
Para embasar suas acusações, o Ministério Público apontou gastos de aproximadamente R$ 2 milhões do Fundo Partidário com eventos de filiação de Moro ao Podemos, produção de vídeos para promoção pessoal e consultorias eleitorais. Já o PL alegou gastos irregulares de R$ 7 milhões, enquanto o PT apontou R$ 21 milhões em supostas irregularidades.
Na sessão de hoje, estão previstos os votos dos desembargadores restantes, incluindo José Rodrigo Sade, Claudia Cristina Cristofani, Julio Jacob Junior, Anderson Ricardo Fogaça, Guilherme Frederico Hernandes Denz e do presidente do tribunal, Sigurd Roberto Bengtsson. No primeiro dia do julgamento, a defesa de Sergio Moro negou qualquer irregularidade na pré-campanha e defendeu a permanência do mandato do senador.
A retomada e continuação desse julgamento têm gerado grande expectativa no cenário político, uma vez que Sergio Moro é uma figura conhecida por sua atuação na Operação Lava Jato e, posteriormente, por sua incursão na política ao concorrer ao cargo de senador. A decisão do TRE do Paraná certamente terá impacto nas próximas eleições e no rumo da carreira política de Moro.