JUSTIÇA – Toffoli ordena novas diligências em investigação sobre Banco Master e banqueiro Daniel Vorcaro, que pode envolver fraudes de até R$ 17 bilhões.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou uma decisão relevante nesta segunda-feira, ao determinar a realização de novas diligências na investigação envolvendo o banqueiro Daniel Vorcaro, que é sócio do Banco Master. A medida surge em um momento crítico, à medida que diversas questões relacionadas à operação financeira do banco estão sendo analisadas em profundidade.

Toffoli estabeleceu um prazo de 30 dias para que a Polícia Federal (PF) conduza os depoimentos dos investigados, além de autoridades do Banco Central que participaram das apurações iniciais. Essa etapa é essencial para elucidar os detalhes do caso, que levanta suspeitas sobre práticas ilícitas dentro da instituição financeira. A PF também terá a autorização para solicitar informações a outros órgãos que estão envolvidos na investigação, podendo ainda fazer novos pedidos para a quebra de sigilo telefônico, caso isso se mostre necessário.

Recentemente, Toffoli já havia decidido que a investigação sobre o Banco Master permaneceria sob a alçada do STF em vez da Justiça Federal em Brasília. Essa escolha se deu devido à menção de um deputado federal nas investigações, uma vez que parlamentares gozam de foro privilegiado na Corte. O contexto se agrava com a investigação conhecida como Operação Compliance Zero, deflagrada em novembro, que se propôs a investigar a concessão de créditos fraudulentos, incluindo a tentativa do Banco Regional de Brasília (BRB) de adquirir o Banco Master. As fraudes apuradas podem atingir valores alarmantes, chegando a estimativas de R$ 17 bilhões.

Os investigados além de Vorcaro incluem ex-diretores do banco e um ex-sócio, como Luiz Antonio Bull, Alberto Feliz de Oliveira e Angelo Antonio Ribeiro da Silva, além de Augusto Ferreira Lima. Após a prisão, a defesa de Daniel Vorcaro alegou que ele não pretendia fugir do país e que sempre esteve à disposição para colaborar com as investigações.

Diante das repercussões do caso, o BRB anunciou sua intenção de contratar uma auditoria externa para investigar os fatos e revisar possíveis falhas em sua governança e controles internos, evidenciando a preocupação com a transparência e a responsabilidade financeira na instituição.

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