JUSTIÇA – Toffoli mantém diretor do Banco Central em investigação sobre fraudes de R$ 17 bilhões no Banco Master; acareação acontece na próxima terça-feira.

No último sábado, 27, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou a participação de Ailton de Aquino Santos, diretor de fiscalização do Banco Central (BC), na próxima acareação referente à investigação de fraudes no Banco Master. A audiência está agendada para a próxima terça-feira, 30, e contará também com depoimentos de Daniel Vorcaro, banqueiro e um dos sócios da instituição, e Paulo Henrique Costa, ex-presidente do Banco de Brasília (BRB).

A decisão de Toffoli surge após um recurso apresentado pelo Banco Central, que questionava a importância e a relevância do diretor na acareação. O ministro deixou claro que Ailton não está sendo investigado e que o BC, da mesma forma, não é objeto da investigação. No entanto, sua participação é considerada de “especial relevância” para elucidar os fatos relacionados ao caso. Toffoli argumentou que a atuação da autoridade reguladora é essencial para a apuração das tratativas que ocorreram na sessão de títulos entre instituições financeiras.

As investigações relacionadas ao Banco Master estão em andamento desde o início deste mês, quando Toffoli decidiu que o caso deve seguir no STF, em vez da Justiça Federal em Brasília. Essa mudança se deu em razão da citação de um deputado federal nas investigações, visto que parlamentares têm direito a foro privilegiado na Corte.

Em novembro, Vorcaro e outros envolvidos foram alvos da Operação Compliance Zero, realizada pela Polícia Federal (PF), cujo foco são as concessões de créditos falsos pelo Banco Master. A investigação traz à tona a tentativa de aquisição do banco pelo BRB, uma instituição pública vinculada ao governo do Distrito Federal. Os danos causados pelas fraudes podem chegar a impressionantes R$ 17 bilhões. Além de Vorcaro, outros ex-diretores da instituição, como Luiz Antonio Bull, Alberto Feliz de Oliveira e Angelo Antonio Ribeiro da Silva, também estão sob investigação, assim como Augusto Ferreira Lima, ex-sócio do banco.

Após sua prisão, os advogados de Daniel Vorcaro refutaram a alegação de que o banqueiro tentaria fugir do país, afirmando que ele sempre se dispôs a colaborar com a apuração dos fatos. As tensões aumentam à medida que a investigação avança, revelando um cenário complexo e cheio de nuances no setor financeiro nacional.

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