O julgamento teve início na manhã de hoje, mas foi suspenso por volta das 14h30 após o relator, ministro Alexandre de Moraes, expressar seu voto favorável à condenação dos réus. Durante cinco horas, Moraes apresentou suas considerações, afirmando categoricamente que Bolsonaro atuou como um líder dentro de uma organização criminosa, que, segundo ele, visava desestabilizar a democracia brasileira. O ministro também destacou os papéis desempenhados pelos demais acusados na tentativa de golpe, apresentando uma lista de 13 atos executórios que, segundo sua análise, comprovam a existência de um plano coordenado e bem estruturado.
Com o voto de Moraes, a expectativa se volta agora para o posicionamento dos outros ministros, incluindo Flávio Dino, que já iniciou seu voto. Os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin ainda precisam se manifestar, e a decisão final dependerá da maioria dos votos, sendo necessário que pelo menos três dos cinco integrantes do colegiado se pronunciem a favor da condenação ou absolvição.
Caso haja condenação, as sentenças podem atingir até 30 anos de prisão em regime fechado, o que marca um capítulo importante na história política do Brasil. O tempo dedicado para discutir a definição da pena será determinado apenas após a conclusão da votação sobre a culpabilidade dos réus.
Esse julgamento começou na semana passada, onde foram ouvidas as defesas dos acusados, além da manifestação do procurador-geral da República, que também apoiou a ideia de condenação. As sessões dos dias 10, 11 e 12 de setembro foram agendadas para finalização do caso, o que indica a expectativa de um desfecho em breve.
Os réus incluem figuras de destaque, como o próprio Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, juntamente com ex-ministros e outros aliados, todos agora sob o olhar da justiça brasileira, enquanto a nação observa atentamente o desenrolar dos acontecimentos.
