Na parte da manhã, os ministros tiveram a oportunidade de ouvir os argumentos da Procuradoria-Geral da República (PGR), que atua como a principal responsável pela acusação, além das manifestações dos advogados que defendem os acusados. Com a sequência do julgamento, os magistrados agora se debruçam sobre questões preliminares que foram levantadas pelas defesas. Entre esses pontos, destaca-se a alegação de impedimento do ministro Alexandre de Moraes para atuar como relator do caso, além de pedidos relacionados ao acesso à totalidade das evidências da investigação e a anulação dos depoimentos de delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Neste contexto, o colegiado também irá decidir sobre a possível responsabilização de 11 militares do Exército e um policial federal, acusados de crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.
Segundo alegações da PGR, os denunciados por esse núcleo específico são acusados de estar envolvidos no planejamento de “ações táticas” para concretizar o plano golpista, o que configura uma séria ameaça à democracia e ao Estado de Direito no país.
Os investigados que fazem parte deste núcleo incluem diversos oficiais de alta patente do Exército, como generais e coronéis, além de um policial federal, evidenciando a complexidade e a gravidade da situação a ser analisada pelo STF. Este julgamento não apenas marca um momento crucial para a justiça brasileira, mas também levanta questões mais amplas sobre a integridade institucional e os limites do poder civil e militar no país. A sociedade aguarda com expectativa o desdobramento deste caso emblemático, que pode ter repercussões significativas para o cenário político nacional.
