JUSTIÇA – Supremo Tribunal Federal realiza sessão extraordinária para julgamento de Jair Bolsonaro e aliados por suposta trama golpista com penas de até 30 anos de prisão.

O ministro Alexandre de Moraes, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), formalizou nesta sexta-feira (5) um pedido para a realização de uma sessão extra da Primeira Turma da Corte, com o objetivo de dar continuidade ao julgamento do núcleo central de uma suposta trama golpista que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete figuras próximas a ele. O agendamento dessa sessão extraordinária foi solicitado para a próxima quinta-feira, dia 11 de setembro, complementando os encontros já programados para os dias 9, 10 e 12 desse mês.

O julgamento teve início nesta semana, proporcionando espaço para que as defesas do ex-presidente e dos demais réus apresentassem suas argumentações. Em contrapartida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou-se favoravelmente à condenação de todos os acusados, um ponto que promete intensificar a repercussão do caso na esfera pública.

A partir da próxima terça-feira, dia 9, a Primeira Turma inicia a etapa de votação, que poderá resultar em penas superiores a 30 anos de reclusão para os envolvidos. A gravidade das acusações contra os réus é ilustrada pela alusão à sua alegada participação na concepção de um plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que teria como foco a realização de sequestros ou homicídios de autoridades importantes, como o próprio ministro Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Além disso, a denúncia da Procuradoria Geral da República menciona um documento conhecido como “minuta do golpe”, que poderia ter a anuência de Jair Bolsonaro, servindo como base para a declaração de um estado de defesa no país, com o intuito de reverter o resultado das eleições de 2022 e obstruir a posse do atual presidente.

Os réus enfrentam variadas acusações, que incluem organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, entre outras. Caso sejam condenados, a aplicação das penas pode ser severa. Um detalhe relevante é que o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal, recebeu algumas imunidades, respondendo apenas por três dos cinco crimes pelos quais estava sendo acusado.

Os acusados são: Jair Bolsonaro, ex-presidente; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; Walter Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice em 2022; e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A continuidade do julgamento vai manter a atenção da sociedade e pode marcar um ponto crítico na história política recente do país.

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