As investigações apontam que Bolsonaro e seu filho estão sendo investigados por uma gama de crimes, entre os quais a coação no curso do processo, a obstrução de uma investigação envolvendo organizações criminosas e a tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito. Caso se prove a veracidade dessas acusações, as consequências podem ser severas para ambos. Moraes mencionou ainda a possibilidade de atentado à soberania nacional nas suas considerações.
Seguindo as diretrizes da decisão, Jair Bolsonaro terá que cumprir recolhimento domiciliar das 19h às 6h durante a semana e de forma integral nos finais de semana e feriados. Além disso, ele será obrigado a utilizar uma tornozeleira eletrônica e está proibido de manter contato com diplomatas, além de se aproximar de embaixadas e consulados. Tais medidas foram requisitadas pela Polícia Federal, que, juntamente com a Procuradoria-Geral da República, indicou um potencial risco de fuga.
O ministro não hesitou em enfatizar a gravidade das condutas de Bolsonaro e Eduardo, caracterizando-as como atos claros e inegáveis de crimes cometidos em plena visão pública, incluindo postagens em redes sociais e entrevistas a veículos de comunicação. Um exemplo citado foi uma coletiva onde Bolsonaro teria ligado a revogação de sanções dos Estados Unidos a uma possível anistia no Congresso.
A decisão representa uma profundíssima preocupação com a proteção da soberania nacional. Moraes aponta que a recente taxa de 50% sobre produtos brasileiros proposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump, poderia provocar uma crise econômica no Brasil, uma ação que visaria pressionar o Judiciário e comprometer as relações diplomáticas. O ministro reafirmou que a soberania é um pilar fundamental da República, que deve ser defendida incansavelmente, em conformidade com a Constituição Federal.
A sequência deste caso se revela essencial não apenas para os envolvidos, mas também para a manutenção da ordem democrática e do Estado de Direito no Brasil, especialmente em tempos de incerteza política e desafios à soberania nacional.