JUSTIÇA – Supremo Tribunal Federal Confirma Validade de Decretos que Restringem Acesso a Armas sob Governo Lula



A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu recentemente ratificar a validade de decretos que impõem restrições ao acesso a armas no Brasil, os quais foram assinados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro dia de seu mandato. As normas, elaboradas também pelo então ministro da Justiça, Flávio Dino, atualmente parte do STF, visam reverter a flexibilização das regras sobre o monitoramento e a posse de armas que ocorreram durante a presidência de Jair Bolsonaro.

Esses decretos têm gerado intenso debate jurídico e social, dada a polarização em torno do tema da posse de armas no Brasil. A votação está ocorrendo no plenário virtual do STF e se encerrará nesta terça-feira, 24 de outubro. Até o momento, os ministros que se manifestaram a favor da validade dos decretos incluem Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Dias Toffoli, Nunes Marques e André Mendonça, consolidando assim uma maioria que reforça a posição do governo federal sobre o controle de armas.

A ação declaratória de constitucionalidade, proposta pela Advocacia-Geral da União (AGU) em fevereiro de 2023, busca validar essas normas em resposta a questionamentos judiciais que surgiram a partir de sua implementação. Os novos regulamentos suspendem a concessão de registros para compra e transferência de armas e munições de uso restrito por caçadores, colecionadores e atiradores, limitam a quantidade de armas e munições permitidas e centralizam a gestão do cadastro de armas sob a responsabilidade da Polícia Federal.

Durante a votação, o ministro relator Gilmar Mendes destacou o que classificou como um desmonte do controle de armas no país entre 2018 e 2022, citando o aumento substancial no número de armas em posse de caçadores, colecionadores e atiradores, que passou de 350 mil para mais de 1 milhão no período mencionado. Mendes argumentou que as novas normas têm o objetivo de restabelecer um sistema de controle adequado, que busca a melhoria do Estatuto do Desarmamento, e garantir um controle mais efetivo sobre a circulação de armas no Brasil.

A aprovação dos decretos representa um passo significativo na gestão das políticas de segurança pública no país e pode influenciar o debate sobre armamento e direitos individuais no cenário político brasileiro.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo