Em suas movimentações recentes, o ministro Fux havia deixado sua posição na Primeira Turma — notoriamente envolvida em julgamentos relacionados a processos de caráter golpista — para integrar a Segunda Turma. A mudança se deu em um contexto de significativa reconfiguração na corte, que já lidava com a aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso. Essa transição resultou na redução do número de integrantes na Primeira Turma para quatro, aguardo a nomeação de um novo ministro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que preencherá a vaga deixada por Barroso.
A composição atual da Segunda Turma conta com os ministros André Mendonça, Nunes Marques, Gilmar Mendes e Dias Toffoli, destacando a relevância de seus julgamentos na formação do cenário jurídico nacional. No entanto, ficou indefinida a data para a próxima sessão da turma, em decorrência do luto pela morte de Bermudes.
O falecimento de Sergio Bermudes gerou uma série de homenagens de personalidades e entidades. Gilmar Mendes, presidente da Segunda Turma, recordou sua bravura diante da ditadura militar, especialmente em sua atuação em favor do reconhecimento do assassinato do jornalista Vladimir Herzog, um marco na luta pelos direitos humanos no Brasil. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Beto Simonetti, emitiu um luto de três dias e celebrou o legado de coragem e rigor técnico que Bermudes deixou para a advocacia.
O escritório Bermudes Advogados, fundado por ele em 1969, manifestou seu compromisso de continuar honrando os valores defendidos pelo advogado, buscando sempre promover uma sociedade mais justa e a formação de novas gerações de profissionais do direito. A reverberação da contribuição de Sergio Bermudes para a justiça e ética jurídica é um testemunho de sua dedicação inabalável à sua profissão.
