O ministro enfatizou que a decisão final sobre a condenação ou absolvição dos réus será baseada nas evidências apresentadas, seguindo rigorosamente o devido processo legal e ocorrerá em sessões públicas. Ele destacou a importância desse julgamento não apenas para os réus, mas para toda a sociedade, que anseia por um esclarecimento diante das acusações graves que envolvem os eventos de 8 de janeiro, que representam, segundo Barroso, uma tentativa de golpe de Estado.
Barroso também fez um breve histórico das tentativas de interrupção da legalidade constitucional ao longo da história do país, afirmando que é fundamental “encerrar um ciclo”, onde a quebra da legalidade é vista como uma opção aceitável por descontentamento com o resultado eleitoral. A mensagem é clara: a estabilidade da democracia brasileira requer novas diretrizes que assegurem a legalidade e a ordem.
O julgamento será conduzido pela Primeira Turma do STF, composta por renomados integrantes da corte, como Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Os réus enfrentam acusações sérias, incluindo organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, e golpe de Estado. Caso condenados, as penas podem ultrapassar 30 anos de reclusão.
Estão no centro das acusações figuras proeminentes como o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, e outros ex-ministros de seu governo, refletindo a profundidade e a gravidade dos crimes atribuídos. Enquanto o julgamento se aproxima, o país observa atentamente, ciente de que este evento poderá moldar não apenas o futuro dos réus, mas também o cenário político e jurídico do Brasil por muitos anos.