Os acusados enfrentam uma série de sérias acusações, que incluem organização criminosa armada, tentativa de derrubada violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e ameaça, além da deterioração de bens tombados. Esses indivíduos, conhecidos como “kids-pretos”, são associados a um grupo de forças especiais do Exército e foram destacados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como responsáveis por planejar “ações táticas” para implementar o golpe.
No rol dos investigados, estão nomes de destaque nas Forças Armadas, como o coronel Bernardo Romão Correa Netto e o general Estevam Theophilo. Outros oficiais de alta patente também fazem parte, como os coronéis Fabrício Moreira de Bastos, Hélio Ferreira Lima e Márcio Nunes de Resende Júnior, além de tenentes-coronéis e um policial federal.
Entre os detalhes mais impactantes do julgamento, destaca-se o pedido da PGR para que a acusação contra o tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior seja reclassificada como incitação às Forças Armadas contra os poderes constitucionais. Essa mudança poderia abrir uma porta para um possível acordo e, consequentemente, evitar uma condenação.
Até o momento, o STF já condenou 15 réus por envolvimento na trama golpista. Destes, sete pertencem ao núcleo 4 e outros oito estão no núcleo 1, que era liderado pelo ex-presidente Bolsonaro. O núcleo 2 está programado para ser julgado em 9 de dezembro, enquanto o núcleo 5, que inclui o empresário Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo, segue indefinido no que diz respeito à data do julgamento, visto que o acusado reside nos Estados Unidos. A expectativa em torno do julgamento de hoje é alta, considerando o impacto que poderá ter sobre o entendimento do papel das forças armadas e da segurança pública na democracia brasileira.









