A situação se intensificou após Flávio Dino relatar, no dia 10 de setembro, que se tornara alvo de “ameaças graves” à sua vida e integridade física. Esse cenário surgiu após Dino votar pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete réus em um caso relacionado a tentativas de golpe. O ministro, preocupado com sua segurança, requisitou à Polícia Federal que investigasse as ameaças dirigidas a ele.
Conforme informações da PF, essas ameaças estão possivelmente ligadas à atuação de milícias digitais que operaram durante o governo de Jair Bolsonaro e são um foco importante para a investigação. Em um movimento prudente, Moraes ordenou que plataformas como Meta, TikTok e YouTube fornecessem, em um prazo de 48 horas, os dados cadastrais de 50 perfis que estariam envolvidos nas ameaças contra Dino.
Além disso, outro caso recente envolvendo Flávio Dino destaca a tensão política em torno de sua figura. A Polícia Federal indiciou uma mulher que tentou agredir o ministro durante um voo entre São Luís e Brasília. A agressora, cuja identidade não foi divulgada, responderá por crimes de injúria e incitação ao crime, um indicativo do clima de hostilidade que colegas e opositores enfrentam no atual contexto político brasileiro.
A decisão de Moraes e as ações da Polícia Federal refletem uma preocupação crescente com a segurança de figuras públicas e a necessidade de proteção contra ataques nas redes sociais. O caso de Flávio Dino é emblemático de um ambiente político polarizado, onde ameaças e atos de agressão se tornaram mais frequentes e preocupantes. A sociedade aguarda desenvolvimentos na investigação e na busca por responsabilização dos envolvidos nas ameaças.