JUSTIÇA – STJ Julga Recurso da Defesa de Bruno Henrique por Suposta Manipulação de Apostas em Jogo do Flamengo na Próxima Terça-feira

Na próxima terça-feira, 2 de setembro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) dará início ao julgamento de um recurso apresentado pela defesa do atacante Bruno Henrique, atleta do Flamengo, que busca anular a investigação sobre sua suposta participação em um esquema de manipulação de apostas esportivas. A análise do caso ocorrerá na Quinta Turma do tribunal, com início previsto para as 14h. Os ministros estarão encarregados de avaliar os argumentos dos advogados que pleiteiam a suspensão da investigação, a qual está em andamento na Justiça do Distrito Federal.

Bruno Henrique se encontra sob a acusação de ter manipulado o resultado de um jogo do Campeonato Brasileiro de 2023, especificamente ao forçar um cartão amarelo durante a partida contra o Santos, realizada em Brasília. A suspeita é de que essa eleição tenha beneficiado familiares e amigos do jogador, que estariam realizando apostas no resultado do jogo. O Ministério Público também denunciou amigos e parentes do atleta, ampliando o cerne da investigação.

Recentemente, em julho, o ministro Joel Ilan Paciornik já havia negado um pedido inicial da defesa que buscava a anulação da investigação. Em sua decisão, ele deixou claro que o habeas corpus protocolado pelos advogados não é apropriado para contestar a competência da Justiça do Distrito Federal em processar o caso. O ministro destacou que esse tipo de recurso não deve ser utilizado para reexaminar provas ou questões que não tenham relação direta com a liberdade de locomoção, como a competência do tribunal, que não afeta diretamente o direito de ir e vir do acusado.

Bruno Henrique tornou-se réu no mês passado, após o juiz Fernando Brandini Barbagalo, da 7ª Vara Criminal de Brasília, aceitar parcialmente a denúncia apresentada pelo Ministério Público. Apesar de considerá-lo réu por envolvimento no esquema, o magistrado rejeitou a acusação de estelionato e também o pedido do Ministério Público para que o jogador pagasse uma fiança de R$ 2 milhões.

Esse desenvolvimento no caso do atacante do Flamengo adiciona um novo capítulo a uma questão que já vem gerando grandes repercussões no meio esportivo e jurídico, refletindo as tensões em torno das apostas esportivas no Brasil e sua regulamentação. O desfecho desse julgamento no STJ pode ter implicações significativas não apenas para Bruno Henrique, mas para o próprio futebol nacional e suas ligações com práticas de manipulação e apostadoras.

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