A decisão da Corte Especial foi baseada no entendimento de que a sentença italiana já transitou em julgado, ou seja, não cabem mais recursos no país europeu. Dessa forma, a homologação da sentença no Brasil também significa que já transitou em julgado em território nacional, o que justifica a prisão imediata de Robinho.
Diante dessa situação, a defesa do ex-jogador impetrou um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), com pedido de liminar urgente para tentar evitar sua detenção. O ministro Luiz Fux é o relator do caso e não há prazo definido para sua decisão, embora o processo tenha prioridade sobre outros, por envolver restrição de liberdade.
A prisão de Robinho pode ser adiada caso o STF aceite os argumentos da defesa antes da medida ser efetivada pela polícia, algo que pode acontecer a qualquer momento. A defesa alega que ainda seria cabível recurso contra a homologação da sentença no Brasil e também um recurso extraordinário ao Supremo, citando a necessidade de aguardar o trânsito em julgado da decisão de homologação da sentença estrangeira.
Os advogados de Robinho apresentaram três pontos principais a serem analisados pelo STF: o risco de esvaziamento da garantia constitucional de não extradição de brasileiro nato, a possível impossibilidade de retroagir a lei que permite a transferência de pena e a falta de observância do devido processo legal na Itália. A decisão final caberá ao Supremo Tribunal Federal.