Oruam é alvo de uma investigação conduzida pela polícia fluminense, que o acusa de diversos crimes, incluindo associação ao tráfico de drogas, tráfico de drogas em si, resistência à autoridade, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. As acusações remontam a um incidente específico ocorrido em julho, no qual o rapper e outros indivíduos teriam tentado obstruir a ação da polícia que visava cumprir um mandado de busca e apreensão relacionado a um adolescente supostamente vinculado a atividades criminosas, atuando como segurança de líderes da notória facção Comando Vermelho.
O contexto familiar de Oruam é igualmente notável. Ele é filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, conhecido no meio do crime como Marcinho VP, que atualmente cumpre pena em uma penitenciária federal. Essa ligação familiar trouxe um foco adicional às investigações e à cobertura midiática relacionada ao caso, levantando questionamentos sobre as influências sociais e culturais que cercam o rapper.
A liberação do artista ocorre em um cenário de crescente atenção sobre a relação entre música, crime e identidade cultural no Brasil, especialmente diante do fenômeno do rap, que frequentemente aborda realidades duras e questões sociais complicadas. Oruam se destaca nesse contexto, não apenas por seu talento musical, mas também pela polêmica em torno de sua trajetória, que reflete os desafios enfrentados por muitos jovens nas comunidades cariocas.
Com a decisão do STJ, espera-se que Oruam retome suas atividades na música e no cenário cultural. Contudo, sua liberação traz à tona a discussão sobre as consequências legais que ainda podem resvalar em sua vida pessoal e profissional, além de acirrar o debate sobre a criminalização da arte e a experiência vivida pelos artistas em áreas marginalizadas. A continuidade das investigações e os próximos passos de Oruam permanecem em pauta, e a sociedade observa atentamente os desdobramentos dessa história.