Com o placar atual de 4 a 0 a favor das cautelares, a decisão foi respaldada por outros ministros, incluindo Flávio Dino e Cristiano Zanin. Segundo Cármen Lúcia, os elementos apresentados no processo justificam a manutenção das restrições, principalmente em relação a postagens que indicam uma tentativa de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, e Jair Bolsonaro de interferir no andamento da Ação Penal 2.688, que investiga uma suposta trama golpista.
A ministra destacou que a gravidade das evidências sugere uma ação coordenada para obstruir a Justiça, ressaltando que os indícios de conluio são suficientes para a adoção das medidas restritivas. Com a votação ainda em andamento e o ministro Luiz Fux sendo o próximo a se manifestar, a expectativa é que o resultado final seja conhecido até a próxima segunda-feira.
As medidas em questão incluem não apenas o uso de tornozeleira eletrônica, mas outras restrições severas, como o recolhimento domiciliar noturno e o fim do direito de contato com embaixadas ou autoridades estrangeiras. Vale lembrar que Eduardo Bolsonaro, após pedir licença do mandato parlamentar, se mudou para os Estados Unidos em um movimento que alegou ser de proteção contra perseguição política. Essa licença expira no próximo domingo, 20 de outubro.
As repercussões dessa decisão são amplas e podem impactar significativamente a dinâmica política no Brasil, em um momento de intensa polarização. Todos os olhos permanecem voltados para os desdobramentos dessa situação, que continua a evoluir, à medida que o STF se debruça sobre um caso recheado de complexidade e implicações legais.