O julgamento, que teve início na última sexta-feira (21) em formato virtual, teve o voto do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, que se posicionou pela condenação de Débora a 14 anos de prisão em regime fechado por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado e associação criminosa armada. O ministro Flávio Dino acompanhou o relator, deixando o placar em 2 votos a 0 a favor da condenação.
O presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, ficou conhecido por proferir a frase “Perdeu, mané” em uma situação anterior, quando foi importunado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro durante um evento em Nova Iorque.
A defesa de Débora, representada pelos advogados Hélio Júnior e Tanieli Telles, manifestou profunda consternação com o voto de Alexandre de Moraes. Segundo os advogados, a condenação a 14 anos de prisão representa um marco vergonhoso na história do Judiciário brasileiro e é considerada um julgamento político. Eles enfatizam que Débora não tem histórico de envolvimento com crimes violentos e contestam a gravidade da pena imposta.
Diante desse cenário, o julgamento da Primeira Turma do STF ainda não tem data para ser retomado, aguardando o desdobramento do pedido de vista de Luiz Fux. É um caso que tem gerado polêmica e levantado debates sobre a justiça e a legalidade das decisões judiciais no país.