Após o voto do relator, será a vez dos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino expressarem suas opiniões. É importante notar que a recente mudança do ministro Luiz Fux para a Segunda Turma significa que apenas quatro ministros participarão do julgamento atual.
Nas sessões anteriores, realizadas na semana passada, os membros da turma ouviram as análises apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que advocate pela condenação dos acusados. As defesas, por outro lado, negaram as alegações de envolvimento dos réus na suposta conspiração.
Os réus são compostos por nove militares do Exército e um policial federal, que respondem por uma série de crimes, incluindo organização criminosa armada, tentativa de derrubada violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e deterioração de patrimônio protegido. Os indivíduos envolvidos, conhecidos como “kids-pretos”, possuem histórico em forças especiais do Exército e são acusados pela PGR de planejar ações que visavam a execução de um plano golpista, envolvendo até mesmo tentativas de sequestro e assassinato contra figuras políticas proeminentes, incluindo o próprio ministro Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Núcleo 3 é apenas uma parte de uma investigação mais ampla. Até o momento, o STF já condenou 15 indivíduos ligados a essa questão, abrangendo réus de diferentes núcleos da conspiração. O Núcleo 4 já teve sete condenações confirmadas, assim como o Núcleo 1, que é atribuído a ações do ex-presidente Bolsonaro e que conta com mais oito condenados. O julgamento do Núcleo 2 está agendado para iniciar em 9 de dezembro, enquanto o Núcleo 5, que envolve o empresário Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo e atualmente residente nos Estados Unidos, ainda não possui uma data definida para julgamento. Essa sequência de eventos revela a complexidade do panorama jurídico em torno das supostas tramas golpistas no Brasil, envolvendo tanto membros das forças armadas quanto figuras políticas de alta relevância.
