A sessão de hoje contará com os votos dos ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que também preside a turma. Este momento é crucial, uma vez que a decisão final deverá ser formada a partir de um total de cinco votos, sendo que a definição da maioria se dará com três votos favoráveis à condenação ou à absolvição.
Durante a sessão anterior, realizada na terça-feira, os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino manifestaram-se a favor da condenação, responsabilizando os réus por diversos crimes graves, incluindo organização criminosa armada, tentativas de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpes de Estado e danos qualificados. A possível sentença poderá resultar em penas que, caso a condenação se concretize, podem ultrapassar 30 anos em regime fechado.
Os réus do núcleo 1 incluem figuras de destaque do governo Bolsonaro, tais como o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem, o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Todos enfrentam acusações de crimes que atentam contra a democracia e a ordem pública. No entanto, Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal, conseguiu a suspensão de parte das acusações, respondendo apenas a três dos cinco crimes.
À medida que o julgamento avança, o cenário político e jurídico do Brasil permanece tenso, revelando a relevância deste caso para o futuro do país e para a manutenção das instituições democráticas. A sociedade aguarda ansiosamente o desfecho desse embate nos tribunais, que poderá configurar um marco importante no combate à impunidade e à corrupção no país.