Recentemente, a Justiça italiana decidiu suspender o julgamento da extradição solicitada pelo Brasil para aguardar as informações adicionais do STF. Os trabalhos serão retomados em 18 de outubro, quando se espera que novas deliberações possam ocorrer sobre o futuro da deputada.
As respostas do ministro foram fundamentadas em informações fornecidas pela Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal, que indicou que, caso Zambelli seja extraditada, ela poderá ser detida na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, popularmente conhecida como Colmeia. A VEP também destacou que nunca houve registros de rebeliões na unidade e que as detentas recebem assistência médica e têm acesso a cursos técnicos, garantindo assim um ambiente condizente com as normas da Lei de Execuções Penais.
Carla Zambelli, que possui cidadania italiana, foi presa em Roma após tentar escapar de um mandado de prisão emitido por Moraes, resultante de uma condenação de dez anos imposta pelo STF. A condenação se deu por sua participação na invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em um episódio marcado por controvérsias e debates acalorados. As investigações apontaram que Zambelli foi a mente por trás da ação, que visava a emissão de um mandado de prisão falso contra o próprio ministro.
O governo brasileiro reagiu à fuga da parlamentar, formalizando o pedido de extradição que foi encaminhado pelo Itamaraty ao governo italiano em junho. Este cenário revela a complexidade da situação, que não envolve apenas questões legais, mas também implicações políticas significativas.
Na audiência marcada para o dia 18 de outubro, a Justiça italiana deverá tomar a decisão definitiva sobre a extradição de Carla Zambelli, um caso que continua a despertar interesse e controvérsia em meio ao atual panorama político do Brasil.
