Na ocasião, Bolsonaro publicou a íntegra do inquérito em suas redes sociais, afirmando que a investigação não estava sob sigilo. A defesa do ex-presidente recorreu ao STF buscando manter o parecer da ex-vice-procuradora Lindôra Araújo, que opinou pelo arquivamento da investigação. Além disso, a defesa solicitou acesso à delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.
Em contrapartida, em agosto de 2022, Lindôra recomendou o arquivamento automático do caso, mas o ministro Alexandre de Moraes determinou novas diligências. Moraes, relator do processo, rejeitou o recurso de Bolsonaro por questões processuais, apontando a falta do envio do relatório completo do caso pela Polícia Federal.
O voto de Moraes foi acompanhado pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Luiz Fux. A ministra Cármen Lúcia ainda não emitiu seu voto no julgamento virtual. Com isso, a decisão da Primeira Turma do STF mantém o inquérito em andamento e demonstra a importância do cumprimento correto dos trâmites processuais para garantir a análise adequada das questões envolvidas no caso.