É importante destacar que o ex-presidente cumpriu pena de 27 anos e três meses e, recentemente, teve permissão de Moraes para deixar a Superintendência da Polícia Federal, onde se encontrava detido sob a acusação de envolvimento na tentativa de golpe de Estado. Essa liberação para o hospital trouxe à tona questões sobre a administração da justiça e as condições de custódia de um ex-chefe de Estado.
Na decisão do ministro Moraes, a justificativa para a negativa do pedido de visitação foi clara: a necessidade de manter a segurança e a disciplina durante o tratamento médico. Mesmo que a internação ocorra em um ambiente hospitalar, Moraes ressaltou a importância de estabelecer um regime excepcional de custódia, dada a fragilidade da situação e o respeito às normas hospitalares.
Bolsonaro está internado no Hospital DF Star desde a quarta-feira anterior, onde se submeteu a uma cirurgia para corrigir uma hérnia inguinal bilateral, além de passar por outros três procedimentos visando controlar crises persistentes de soluços. Essas intervenções incluem um bloqueio no nervo frênico, que desempenha um papel fundamental na respiração.
Embora o pedido para a visitação do sogro tenha sido negado, o ministro já havia autorizado a presença de todos os cinco filhos de Bolsonaro, desde que seguissem as diretrizes estabelecidas pelo hospital, que incluem restrições quanto à entrada de dispositivos eletrônicos. Além disso, a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também foi autorizada a acompanhar o marido durante sua permanência no hospital.
No último boletim médico divulgado na noite de terça-feira, não houve menção sobre a previsão de alta do ex-presidente, que continua sob cuidados intensivos na fase de recuperação pós-operatória. A situação gerou grande atenção da mídia e da população, refletindo o endurecimento das relações políticas e o impacto das ações judiciais no cotidiano de figuras públicas do país. A saga de Jair Bolsonaro e sua família permanece sob o olhar atento da sociedade.
