O governo dos EUA classificou o ministro do STF como alvo das sanções devido a sua atuação em investigações que carecem de garantias democráticas. As sanções incluem o bloqueio de contas bancárias e ativos no território americano, além de restrições para a entrada de Moraes no país e proibições para transações comerciais com empresas americanas. No entanto, especialistas apontam que o impacto dessas sanções será mínimo, uma vez que Moraes não possui propriedades ou contas em instituições financeiras americanas e nunca foi um frequentador regular dos Estados Unidos.
Na nota divulgada, o STF reafirmou a legitimidade das decisões de Moraes, ressaltando que elas foram respaldadas por outras votações colegiadas, o que confere um caráter democrático às suas ações. O Supremo também explicou que tem plena competência para julgar casos relacionados a tentativas de golpe à democracia brasileira. De acordo com a nota, a investigação conduzida por Moraes revelou indícios substanciais de delitos graves, incluindo um plano que almejava atentar contra a vida de autoridades.
A nota do STF enfatiza o compromisso da Corte com sua função constitucional, garantindo que não se desviará do cumprimento da Constituição e das leis nacionais. Esse posicionamento é particularmente relevante em um cenário onde a independência do Judiciário é frequentemente colocada em cheque.
A situação em torno de Moraes tem gerado debates acalorados no país, especialmente após ele ter aberto um inquérito sobre o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eduardo se licenciou de seu mandato alegando perseguição política e chegou a se refugiar nos Estados Unidos. Esse foi um dos fatores que complicaram as relações entre o Brasil e os Estados Unidos, gerando um ciclo de retaliações que tem levantado preocupações sobre a estabilidade democrática no Brasil. As reações a essas medidas e as implicações para a política nacional continuam a ser monitoradas de perto, à medida que a situação se desdobra.