JUSTIÇA – STF Julgará Ações Penais sobre Tentativa de Golpe em 2023, Afirma Alexandre de Moraes durante Abertura dos Trabalhos Após Recesso.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, anunciou que pretende concluir, ainda neste ano, o julgamento das ações penais referentes à tentativa de golpe que ocorreu durante o governo de Jair Bolsonaro. A declaração foi feita durante a sessão de abertura dos trabalhos do tribunal, que ocorre após o recesso de meio de ano. Moraes garantiu que, neste semestre, todos os envolvidos seriam julgados, mantendo o compromisso de absolver aqueles que não apresentarem provas de responsabilidade e condenar os que forem considerados culpados. O ministro enfatizou a importância de não se deixar intimidar por ameaças, reiterando a função jurisdicional do STF.

Recentemente, o STF já havia finalizado os interrogatórios de 31 réus nesse contexto. Com a conclusão dessas interrogativas, a Corte encerrou a fase de instrução dos processos referentes aos núcleos denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que envolvem a tentativa de reverter o resultado das eleições de 2022.

Moraes não hesitou em criticar a atuação de “pseudopatriotas” que buscam apoio internacional, especificamente nos Estados Unidos, para implementar sanções contra o Brasil, alegando que tais ações visam interesses pessoais. Um dos principais alvos de suas críticas foi o deputado Eduardo Bolsonaro, que pediu licença de seu mandato e se estabeleceu nos EUA. Moraes insinuou que o deputado está se empenhando em contatos com representantes do governo americano, comemorando a aplicação de tarifas de exportação ao Brasil.

Além disso, o ministro estabeleceu uma conexão entre as ações de Eduardo Bolsonaro e a tentativa de golpe de Estado que ocorreu em 8 de janeiro de 2023, afirmando que “o modus operandi golpista é o mesmo”. A firme postura de Moraes visa não apenas à responsabilização penal dos envolvidos nas tentativas de desestabilização do país, mas também à defesa da integridade e da soberania brasileira em face de pressões externas. Assim, o STF se posiciona como uma instituição garantidora da democracia, comprometendo-se a agir com rigor nas investigações e nos julgamentos, independentemente de pressões políticas internas ou externas.

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